quarta-feira, 21 de março de 2012


Jardim ermo


Aqui estou,
Debruçada sobre (mim),
... A minha janela.
Olhando em redor
E para alem do infinito,
Onde os olhos não alcançam…
Especulo o silêncio…
Oiço as vozes ermas da terra,
E o enregelado,
Quem vem do meu jardim, sem essência.
Não sei se por mau-olhado,
Por avidez ou por ausência minha,
Faleceu…era um ser delicado.
Tenho os olhos doentes…sem cores.
As hastes das minhas rosas
Mirraram, ficaram desfiguradas.
Só ficaram as pedras…com alma fria.
Morro todos os dias mais um pouco,
Recordando em agonia … as rosas do meu jardim.


Telma Estêvão

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